quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Paulo Freire

Um pouquinho das palavras de Paulo Freire!



 Quando, porém, falo da ética universal do ser humano estou falando da ética enquanto  marca da natureza humana, enquanto algo absolutamente indispensável à convivência
humana. Ao faze-lo estou advertindo das possíveis críticas que, infiéis a meu
pensamento, me apontarão como ingênuo e idealista. Na verdade, falo da ética universal   do ser humano da mesma forma como falo de sua vocação ontológica para o ser mais,como falo de sua natureza constituindo-se social e historicamente não como um "a priori" da Historia. A natureza que a ontologia cuida se gesta socialmente na Historia. É uma natureza em processo de estar sendo com algumas conotações fundamentais sem as quais não teria sido possível reconhecer a própria presença humana no mundo como algo original e singular. Quer dizer, mais do que um ser no mundo, o ser humano se tornou uma Presença no mundo, com o mundo e com os outros. Presença que, reconhecendo a outra presença como um "não-eu" se reconhece como "si própria". Presença que se pensa a si mesma, que se sabe presença, que intervém, que transforma, que fala do que faz mas também do que sonha, que constata, compara, avalia, valora,que decide, que rompe. E é no domínio da decisão, da avaliação, da liberdade, da ruptura, da opção, que se instaura a necessidade da ética e se impõe a responsabilidade. A ética se torna inevitável e sua transgressão possível é um desvalor, jamais uma virtude.” Paulo Freire


Referência:
Freire, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. ed.37ª. SP: Paz e Terra.2008.pg.18

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